METROPOLITANO, CIRCO E PORCOS
Ontem de manhã, na minha habitual rotina de apanhar o Metro na estação do Sr. Roubado para ir trabalhar, dou de caras à entrada da estação com uma distribuição de folhetos de propaganda política a um certo e determinado partido. Que grande reboliço que foi : De um lado, o pessoal com pressa de ir apanhar o transporte para o emprego e do outro, um autêntico circo, onde um grupo de pessoas vestidas a rigor (com a cor do partido) distribuía os folhetos enquanto que alguns equilibristas se movimentavam em andas ... Muito vistoso, sim senhor.
Como não me apetece nenhum folheto do partido em questão (nem de nenhum outro partido, para ser franco) sigo direito ao Metro sem aceitar a oferta.
No interior da estação o espectáculo era outro, na minha opinião bem mais triste : o chão e parapeitos da estação estavam literalmente forrados de folhetos.
Hoje, talvez por ter chegado um pouco mais tarde, dirijo-me à mesma estação sem encontrar a tal comitiva circense. No entanto, dentro da estação o cenário repetiu-se. Folhetos por tudo o que era lado - excepto nos caixotes do lixo, claro.
Perante isto, vejo pelo menos, dois lados da situação :
1 - Temos os palhaços do circo político a fazer o seu trabalho, possivelmente com gosto ou não;
2 - Por outro lado, temos as pessoas que vão para o trabalho (o alvo da comitiva) que aceitaram a papelada que lhe ofereceram e a deitaram, sem escrúpulos, para chão;
Sobre os primeiros, não me ocorre muito para dizer que já não tenha dito. Se gostam do que estão a fazer, força. Se isso lhes dá sustento, melhor ainda.
Agora sobre o segundo grupo, o tal que parece desconhecer o conceito de "caixote do lixo", tenho algumas linhas de texto que gostava de apresentar aqui...
Tentando compreender o que leva às pessoas ter o comportamento tão triste de atirar para o chão a porcaria dos folhetos, posso colocar algumas hipóteses :
- Algumas destas pessoas até podem ter curiosidade pelo conteúdo dos folhetos e por isso os aceitam.
- Outras aceita-os, sem sequer olhar para eles, tentando livrar-se deles o mais depressa possível. Mas então, porque carga de água os aceitam? Porque é UMA OFERTA À SUA PESSOA. Porque não resistem em receber, por falta de auto-estima ou por falta de coragem/atitude de recusar algo que afinal não se quer. Ou então mesmo por respeito ao trabalho dos distribuidores dos papeis.
Isto eu compreendo. Mas o que não compreendo é o que se passa a seguir...
Tudo bem… quem anda de Metro como eu sabe que os caixotes do lixo não abundam nas estações (assim como as casas de banho, mas isso fica para outra vez*) mas, caramba! Se as pessoas têm mãozinhas para receber a porra dos folhetos e têm músculos para aguentar as míseras gramas de papel que eles pesam, também deviam ter um mínimo de consciência para os carregar por mais algum um tempo e livrarem-se deles no caixote de lixo mais próximo!
A isto chamo "ser porco(a)". Acho que não há outro termo que melhor os define. É um espectáculo degradante de se ver. Acho eu.
(*) Seguindo esta lógica, não se admirem que um dia, por não haver casas de banho em algumas estações, o chão esteja coberto de .........
Como não me apetece nenhum folheto do partido em questão (nem de nenhum outro partido, para ser franco) sigo direito ao Metro sem aceitar a oferta.
No interior da estação o espectáculo era outro, na minha opinião bem mais triste : o chão e parapeitos da estação estavam literalmente forrados de folhetos.
Hoje, talvez por ter chegado um pouco mais tarde, dirijo-me à mesma estação sem encontrar a tal comitiva circense. No entanto, dentro da estação o cenário repetiu-se. Folhetos por tudo o que era lado - excepto nos caixotes do lixo, claro.
Perante isto, vejo pelo menos, dois lados da situação :
1 - Temos os palhaços do circo político a fazer o seu trabalho, possivelmente com gosto ou não;
2 - Por outro lado, temos as pessoas que vão para o trabalho (o alvo da comitiva) que aceitaram a papelada que lhe ofereceram e a deitaram, sem escrúpulos, para chão;
Sobre os primeiros, não me ocorre muito para dizer que já não tenha dito. Se gostam do que estão a fazer, força. Se isso lhes dá sustento, melhor ainda.
Agora sobre o segundo grupo, o tal que parece desconhecer o conceito de "caixote do lixo", tenho algumas linhas de texto que gostava de apresentar aqui...
Tentando compreender o que leva às pessoas ter o comportamento tão triste de atirar para o chão a porcaria dos folhetos, posso colocar algumas hipóteses :
- Algumas destas pessoas até podem ter curiosidade pelo conteúdo dos folhetos e por isso os aceitam.
- Outras aceita-os, sem sequer olhar para eles, tentando livrar-se deles o mais depressa possível. Mas então, porque carga de água os aceitam? Porque é UMA OFERTA À SUA PESSOA. Porque não resistem em receber, por falta de auto-estima ou por falta de coragem/atitude de recusar algo que afinal não se quer. Ou então mesmo por respeito ao trabalho dos distribuidores dos papeis.
Isto eu compreendo. Mas o que não compreendo é o que se passa a seguir...
Tudo bem… quem anda de Metro como eu sabe que os caixotes do lixo não abundam nas estações (assim como as casas de banho, mas isso fica para outra vez*) mas, caramba! Se as pessoas têm mãozinhas para receber a porra dos folhetos e têm músculos para aguentar as míseras gramas de papel que eles pesam, também deviam ter um mínimo de consciência para os carregar por mais algum um tempo e livrarem-se deles no caixote de lixo mais próximo!
A isto chamo "ser porco(a)". Acho que não há outro termo que melhor os define. É um espectáculo degradante de se ver. Acho eu.
(*) Seguindo esta lógica, não se admirem que um dia, por não haver casas de banho em algumas estações, o chão esteja coberto de .........